Estamos a adorar o estudo da História de Portugal: reis, rainhas, princesas, batalhas ganhas ou perdidas, sempre fizeram as nossas delícias e povoam a nossa imaginação. A nossa professora já nos contou algumas lendas: Egas Moniz, Inês de Castro e D.Pedro, Milagre das Rosas... Adorámos todas elas e sabemos recontá-las.
Conta a lenda que em 1127, D. Afonso VII,rei de Leão e Castela, cercou Guimarães para obrigar D. Afonso Henriques a prestar-lhe obediênciaPerante tal situação, Egas Moniz, aio de D. Afonso Henriques abeirou-se de D. Afonso VII e prometeu-lhe que seu primo o respeitaria como rei se levantasse o cerco. O cerco foi levantado: porém, D. Afonso Henriques não cumpriu a palavra dada por Egas Moniz. Descalço e de corda ao pescoço,Egas Moniz apresentou-se com a mulher e os filhos ao rei de Leão e Castela , colocando a sua vida e a dos seus familiares ao dispor do rei.
Perante tal acto de honradez, D. Afonso VII perdoou a Egas Moniz e mandou-o em paz.
Ilustração - Teresa
Um novo país
Depois de várias batalhas ganhas contra os Mouros, D. Afonso VI, rei de Leão e Castela, casou a sua filha D. Teresa com D. Henrique, um cruzado que o tinha ajudado e ofereceu-lhe o Condado Portucalense.
D. Henrique passou a governar esse condado, mas tinha de prestar obediência a D. Afonso VI.
D. Teresa e D. Henrique viviam no Castelo de Guimarães e foi lá que nasceu o seu filho Afonso Henriques.
O conde D. Henrique queria tornar o condado num reino independente.
Após a sua morte, D.Teresa ficou a governar o condado porque Afonso Henriques era muito novo, mas continuava a prestar obediência ao rei de Leão.
Uns anos mais tarde, Afonso Henriques influenciado por alguns fidalgos, revoltou-se contra a sua mãe e venceu as suas tropas na batalha de S. Mamede.
Agora Afonso Henriques passou a governar o Condado e a desejar a sua independência. Assim, lutou contra D. Afonso VII, rei de Leão e conquistou mais terras a sul.
D. Afonso VII durante a conferência de Zamora declara D. Afonso Henriques rei de Portugal.
Nasceu assim um novo reino independente – Portugal.
Texto - Carolina Bento
Ilustração - Mara
O nascimento de Portugal
D. Afonso VI diz:
- Querido Henrique como agradecimento pela ajuda que me deste na luta contra os mouros vou dar-te em casamento a minha filha Teresa e dar-te-ei o comando do governo do Condado Portucalense.
D. Henrique responde:
-Muito obrigado, minha Majestade.
Em conversa com D.Teresa, D.Henrique desabafa:
-Não morrerei sem que o Condado Portucalense seja um reino independente.
Mas a verdade é que este sonho não se chegou a realizar.
Anos mais tarde, o seu filho D. Afonso Henriques que tinha o mesmo sonho que o pai, lutou e conseguiu.
D. Teresa, dirigindo-se ao seu filho diz-lhe:
_ Filho, deixa-te dessas ideias de tornar independente o nosso condado:
D. Afonso Henriques responde:
- Minha mãe, se não se quer juntar a mim, então vamos lutar em S. Mamede e veremos quem ganha.
D.Teresa diz:
- Assim seja.
E foi assim que na batalha de S. Mamede, em 1128 D. Afonso Henriques venceu as tropas de sua mãe e passou a governar o condado.
Só em 1143 é que Afonso Henriques foi reconhecido rei e o seu território considerado independente.
-Eu, Afonso VII, rei de Leão e Castela, reconheço, pelo presente tratado, de seu nome Zamora, Afonso Henriques , meu primo, como primeiro rei da nação que se há-de vir a chamar Portugal.
E assim nasceu o nosso país.
Texto - Joana
Ilustração - Daniela
O milagre das rosas
D. Isabel de Aragão como era casada com o Rei D. Dinis, era rainha de Portugal. Era uma rainha muito amiga dos pobres, pois dava-lhes muitas esmolas. O rei não queria e proibia –a de os ver.
Mas numa manhã de Janeiro a rainha desobedeceu ao rei e foi levar moedas de prata e ouro aos pobres.
Nesse dia encontrou o rei que lhe perguntou o que é que levava no regaço e ela respondeu que eram rosas.
O rei viu que ela estava a mentir porque em Janeiro não há rosas e pediu-lhe para abrir o manto. Ela abriu e caíram rosas brancas. Tinha acontecido um milagre. Daí, ter sido considerada uma rainha santa e este seu acto de coragem foi chamado de milagre das rosas.
